quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Saúde: Endometriose

Oi, meninas.

Desculpe pelo sumiço. Estava de férias, mas voltei!!!

Hoje, o post será diferente. Será um testemunho e um alerta a todas vocês.
E vai ser um pouco longo!

De uns 3 meses pra cá, venho tendo muitas cólicas no período menstrual e fluxo intenso, a ponto de usar absorvente noturno.
No mês passado, a dor foi tão intensa que me fez ter náuses, diarréia e calafrios.
Isso, definitivamente, não é comum.
Procurei minha ginecologista, que achou estranho o fato de ainda estar sentindo dores e fluxo intenso na minha idade (estou com 32 anos). Ela desconfiou de ser endometriose.
Pediu alguns exames, entre eles, o de ressonância magnética pélvica.
Confesso que este exame me deixou muito tensa e incomodada, pois o preparo para este exame é super chato (prefiro me abster de comentar o preparo, pois eu ficaria um tanto quanto constrangida) e ficar 30 minutos deitada com os braços pra cima da cabeça e controlando a respiração para não atrapalhar o exame, não é brinquedo, não. Enfim, essa semana recebi o resultado dos exames.
Fui diagnosticada com endometriose e mioma uterino (o mioma já não era novidade pra mim..pois já venho tratando do dito cujo há mais de um ano).

Agora pra entender da Endometriose, o que é, os sintomas e o diagnóstico da doença, você pode ler abaixo. As informações, a seguir, são do site Portal da Endometriose, do Prof. Dr. Frederico Corrêa.

O que é Endometriose?

O endométrio é a camada de tecido composto por glândulas e estroma, que recobre internamente a cavidade do útero, sendo responsável pela menstruação quando descama ao final de um ciclo menstrual. A endometriose é uma importante doença ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, ou seja, em qualquer outro lugar do corpo.




Quais os sintomas?


O sintoma mais comum da endometriose é a dor na região pélvica em geral o quadro doloroso ocorre inicialmente durante o período menstrual (dismenorréia) com intensidade moderada a severa, levando muitas vezes a necessidade do uso de medicamentos analgésicos. A dor tem caráter variável podendo ser tipo cólica, em pontada, latejante ou em pressão. O sintoma doloroso costuma apresentar piora progressiva com o passar do tempo e a paciente pode cursar com dor também fora do período menstrual. Entretanto a sintomatologia nem sempre é diretamente proporcional à severidade da doença, ou seja, pacientes com doença avançada podem apresentar poucos sintomas e outras com doença leve podem cursar com dor intensa.
A dispareunia (dor na relação sexual) pode aparecer desde o início da doença, mas ocorre principalmente nos casos de endometriose da região do fundo de saco posterior, (posterior ao útero, entre este e o reto) ou endometriose de septo reto-vaginal, e nos casos de aderências pélvicas.
A infertilidade é um problema muito comum em pacientes com endometriose pélvica. Das mulheres com endometriose 20% a 40% apresentam infertilidade e cerca de 25% das pacientes inférteis tem esta doença em graus variáveis.
O sangramento anormal também é um sinal freqüente na endometriose. Geralmente ocorre na forma de pequeno sangramento no meio de ciclo “spotting” ou mancha pré menstrual.
Sintomas relacionados ao acometimento de outros órgãos pela endometriose podem estar presentes. O acometimento intestinal pode levar à constipação, dor à defecação e em alguns casos ao sangramento à defecação (hematoquesia). Sintomas urinários como hematúria (sangue na urina), disúria (dor ao urinar) e dor lombar são comuns quando há acometimento da bexiga e do ureter pela doença.
A dor cíclica e edema de regiões cicatriciais ocorrem habitualmente nos casos de endometriose de cicatriz cirúrgica, mais comumente nas cirurgias abdominais e nas cicatrizes de episiotomias (incisões no períneo nos partos normais).
O acometimento dos pulmões e pleura pode levar a sintomas como o hemotórax (sangue no espaço pleural), pneumotórax (ar entre a pleura e o pulmão) e a hemoptise catamential (escarro sanguinolento no período menstrual).


Diagnóstico da Endometriose

O diagnóstico adequado e precoce da endometriose é essencial para uma seleção correta do tratamento e acompanhamento da paciente. Tanto o superdiagnóstico quanto o subdiagnóstico podem trazer consequências desastrozas para as pacientes. Portanto é importante conhecer as formas de diagnósticar e como e quando utilizar os métodos diagnósticos para a endometriose.




O tratamento da Endometriose (as informações, a seguir, são do site Gineco)

O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito por meio da história clínica, exame físico, ultrassom (ultrassonografia) endovaginal especializado, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames de laboratório.

Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda.

Pesquisas do Laboratório Fleury em São Paulo e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostram que o ultrassom endovaginal é o primeiro método para diagnosticar a endometriose.

No entanto, esse não é um ultrassom endovaginal normal. Trata-se de um exame especializado que apenas profissionais especilizados estão aptos a realizar. O ultrassom endovaginal normal não é a mesma coisa e não substitui esse exame.
Essa pesquisa mostra ainda que, além do ultrassom endovaginal, pode-se realizar a Ressonância Magnética da Pélvis para o diagnóstico da endometriose profunda.

Outros serviços médicos, no Brasil, consideram que a ressonância nuclear magnética e também a ecocolonoscopia são úteis para o diagnóstico da endometriose.

Todos os especialistas concordam que o exame ginecológico é a melhor maneira para se fazer o diagnóstico de suspeita da endometriose, e que os exames de imagem devem ser feitos de acordo com o que existe de melhor no local.

A certeza, porém, só pode ser dada por meio do exame anatomopatológico da lesão, ou biópsia. Esta pode ser feita por meio de cirurgia aberta, ou laparotomia, ou, preferível, por laparoscopia. Laparoscopia é um procedimento de exame e manipulação da cavidade pélvico-abdominal por instrumentos de ótica e/ou vídeo, bem como de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome. É um procedimento cirúrgico realizado geralmente com anestesia geral. No entanto, hoje, com evidências clínicas suficientes, os médicos podem iniciar o tratamento mesmo sem a laparoscopia.


Tá aí, gente. Fica o alerta para todas.

Semana que vem, voltarei com a minha médica e verei qual será o tratamento.


Se cuidem, meninas. Afinal, se beleza é fundamental, a saúde vem em primeiro lugar!






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